sábado, 16 de maio de 2009

Nem tempo... nem medo...


Já pararam pra pensar como seria se nossas vidas se desenvolvesse de modo contrário? Aparentemente, parece muito bom pensar que ao invés de ficarmos velhos, com problemas de saúde, limitados; a vida fosse diferente. Nasceríamos velhos e iríamos ficando jovens...

Assisti por esses dias ao filme “O curioso caso de Benjamin Button”. Pra quem não sabe, o filme trata de um homem que nasce com oitenta anos de idade e sua vida se desenrola ao contrário, ele vai ficando cada vez mais jovem até sua morte, quando é um bebê.

Melancólico, o filme traz mais do que tristeza, leva-nos a uma reflexão. Imaginem só, enquanto todos vivem suas vidas normalmente, o pobre homem vê as pessoas que mais gosta falecerem, envelhecerem, enquanto ele fica cada vez mais jovem... Ele não pode viver um grande amor, não pode criar filhos, netos, se fortalecer e crescer profissionalmente... E isso me fez pensar: de que vale a tão almejada juventude se não poderemos ter todo o resto? Tudo aquilo que nos faz felizes, que nos deixa realizados?

E que interessante... o filme tem início com um relojoeiro que constrói um relógio diferente dos outros. Um relógio que gira os ponteiros no sentido anti-horário. A justificativa do relojoeiro para ter construído tal relógio, é que após ver seu filho morrer na guerra, tentou encontrar um modo de ter de volta seu amado filho, fazendo com que o tempo fluísse ao contrário.

E com isso, o filme ainda me trouxe outra reflexão: quantas vezes já não pedimos para que o tempo voltasse pra podermos modificar algo que saiu errado ou que nos arrependemos de ter feito? Quanto tempo perdemos em nossas vidas com coisas fúteis? Quanto tempo perdemos com tristezas desnecessárias ao invés de buscar a alegria?

Tudo girando em torno do tão precioso “TEMPO”... E como seria a vida se tivéssemos o poder de fazer o tempo voltar? De escolhermos o caminho a seguir? E se o caminho escolhido fosse o errado, rapidamente mudaríamos o relógio e ele giraria ao contrário pra podermos escolher o caminho certo?

Muitas perguntas... e como resposta à todas elas, chego a conclusão de que, o que é a vida senão o nosso mais valioso APRENDIZADO? A vida, no seu fabuloso desenrolar, com todos os seus erros, tristezas, tombos... é nada mais que um aprendizado diário, que faz com que cresçamos cada vez mais. E envelhecer é o processo que confirma esse crescimento pessoal. É no fim da estrada, poder olhar pra trás e visualizar tudo que foi construído por nós!

É como já disse o poeta: “E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? Ahh tanto faz! E o que não foi não é, eu sei que ainda vou voltar... Mas, eu quem será?” (Frase de Rodrigo Amarante – Los Hermanos).
Ariane Aleixo

15 Opiniões:

Anônimo disse...

Se tem uma coisa da qual não podemos fugir, é o tempo.
O tempo é implacável mas nos faz bem... pois nos proporciona paciência, sabedoria e experiências.
Gostei do post.
Beijins da Lu.

Patie disse...

Seu post me fez lembrar de outros dois filmes que também gosto muito: Brilho eterno de uma mente sem lembranças e Efeito Borboleta. Infelizmente não podemos voltar no tempo. O lado bom disso é que podemos amadurecer a aprender com nossos próprios erros...

CAMILA de Araujo disse...

As vezes tenho medo do tempo, que passa tão rápido e quando vemos nos perguntamos se fizemos realmente tudo que queriamos.

www.conto-um-conto.blogspot.com

Anônimo disse...

gostei do blog =)

Lucas Donato disse...

Tempo, as vezes me vejo inimigo dele...

É complicado você querer fazer tantas coisas, e saber que se você quiser realmente ficar bom, deve ser dedicar à somente uma, ou algumas.

Obrigado por comentar no meu Blog!
sou seguidor do seu agora, Abçs.

http://lucas-donato.blogspot.com/

Equilibrista disse...

Já confundi Tempo com Existência várias vezes. Não tem como definir um sem pensar no outro. Se a consciência de existir durasse mais que alguns segundos nós enlouqueceríamos.

Também vi esse filme. São várias cenas que me fizeram refletir, inclusive aquela em que Dayse é atropelada, foi como se explicasse a teoria do caos. Muito bom.

E quem não gostaria de ter um relógio ao contrário? Ou que contasse apenas os segundos.
E seria melhor?
Ninguém sabe...

Claudio Henrique disse...

O tempo é o senhor da razão
abraço

Pascom disse...

Olha muito legal seu texto. Às vezes também fico me perguntando sobre isso, mas a resposta, que me aparece é: a vida na terra é uma passagem melhor vivemos o ciclo natural da vida.

Unknown disse...

Olaa...
O texto está excelente como sempre rsrs.
Eu queria muito ter uma segunda chance..voltar no tempo e viver tudo de novo, porém com a maturidade que tenho hoje.
Algumas coisas seriam diferentes..seria mais leves e mais descontraidas..
Acho que meu maior medo é estar levando a vida mto a serio...mas tb tenho medo de mudar isso, e de acontecer algo que nao me agrade, pelo fato de eu ter levado a vida mto na brincadeira...é confuso isso!!!


Fico por aki!!
Um beijao para vcs!!!

Unknown disse...

Desculpe a raiva, mas está impossivel me conter...

OAB vai toma no cuuuuuu!!!
Prova dos infernosss... se eu pego o cara q inventou esse exame maldito, eu esfolo, pq morto ele ja esta...
hunff

sorry ary!!! rsrsrs
bjus

Anônimo disse...

Ariane o tempo existe exatamente pra fazer agente dar valores e buscar o melhor, para o preencher! Assim a vida nao eh monótona, e como tudo que começa tem que ter um fim, cabe a cada um 'ser' enquanto há este tempo!
Bjos^^

Pregadores do Evangelho disse...

O tempo é inevitável.
mas podemos transforma-lo noque quisermos.
o tempo é a chance que todos precisam para ser felizes.
quantas pessoas não tem nem o tempo, pois estão condenadas por uma espera, como uma doação de algum orgão.

Evandro disse...

Olá, aceita parceria!? Temos player com ou sem autoexecução! Entre no nosso site e confira! www.radiosagaz.com

Equipe do Alface disse...

gostei do post,
no início do filme, pensei, seria
maravilhoso, porém fui vendo no decorrer, que isso seria terrível, a velhice vem com o tempo,
e vem para bem!

www.allfacess.blogspot.com

Danielle M. disse...

Talvez fosse interessante uma vida atemporal.
Gosto da ideia de derreter relógios, e só pra constar: Dali sempre me impressiona!