segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quero ver...

Não há como criticar... Querer melhorar de vida é algo inerente a qualquer ser humano. Sonhar afinal, com coisas acima de nossas possibilidades... Quem não gosta? Até eu que sou mais bobinho gostaria de ter aquele Ipad novinho...

Porém, é triste constatar em certas pessoas, um certo brilho - o brilho da cobiça – no olhar. Passam a vida querendo mais, sempre muito mais, fazendo isso ou aquilo para suprir uma necessidade fútil na grande parte das vezes.

Talvez de nascença, com certa cultura – não necessariamente à dos livros, mas caso seja, ótimo, uma certa vocação para o bom gosto e alguma sensibilidade, é só olhar em volta com atenção, mas não só com os olhos; que para aprender, é preciso usar os cinco sentidos e sobretudo os outros, aqueles que não têm nome.

Grande parte prefere o óbvio. Antes de ir ao teatro ou ao cinema, lê a critica e já chega ao evento com opinião formada. E quando resolve tecer algum comentário a cerca, analisa quase tudo, afinal, já leu sobre e simplesmente repete. Nítido papagaio de pirata. Sim, existem, e aos montes.

Igual a nota de 3 reais, está cada vez mais difícil encontrar alguém por ai que tenha uma opinião pessoal para fornecer – mesmo que errada - sobre seja lá o que for. Todos gostam dos mesmos roteiros para férias, as mesmas músicas, os mesmos ringtones, os mesmos filmes, restaurantes, carros, relógios, animais exóticos, tatuagens... A lista para a falta de originalidade é grande, melhor cessar por aqui...

Como seria bom encontrar alguém para conversar que não tenha medo do politicamente incorreto. Não concorda com homossexuais? Exponha sua opinião! (Um exemplo). Contanto que seja sua opinião, seu pensamento, e não aquilo que ficou combinado moralmente, que não seja o pensamento uníssono, tão aceito por ai. Que tenha coragem afinal, para confessar sua ignorância quando necessário, diante de certos assuntos. Assim como, ter a coragem para, diante de certos assuntos, dependendo dos argumentos, ser humilde para voltar atrás e concordar.

Só se valoriza o que é único! Que graça tem rasgar os continentes dentro de um avião, e comprar a mesma mercadoria que temos por aqui, lá no outro extremo do mundo? Aliás, agora, qualquer camelô tem pra vender, com etiqueta e tudo...

Cada pessoa é especial por isso, por ser única. E é ai que acontece o amor; Tal pessoa é única em seus traços, em sua personalidade, em sua inteligência. Quer falar de interatividade? Que tal iniciarmos uma campanha, tipo as do twitter, algo como #unicalíssimo, para ver se as pessoas começam a se destacar nesse mundo cada vez mais homogêneo.

A questão não é ser mais, nem querer ser diferente disso ou daquilo: O lance é ser único! E nós, do Além do que se Vê tentamos sempre ser assim...

Guttwein,T.

Além do que se vê...

Nossas postagens via FEED no seu email!



sábado, 17 de abril de 2010

Pedófilo. Na condição de padre...


Pensei muito antes de começar a escrever sobre isso, já que é um tema em que a mídia vem se esbaldando e que causa sempre muita polêmica. Fiquei pensando se valia mesmo à pena refletir sobre isso, já que procuro evitar os temas "batidos". Mas, cheguei à conclusão que precisava escrever, pois me causa tamanho repúdio que não consigo ouvir sobre isso e simplesmente fingir que não existe.

Sabemos que sempre ocorreu, mas nunca a mídia falou e denunciou tanto inúmeros casos de pedofilia. Esta em si já causa repugnância. Mas, nessas últimas semanas, muito se falou em pedofilia praticada por padres católicos. Fico ouvindo denúncias, imagens gravadas com câmeras escondidas, pronunciamentos que vem dos membros do Vaticano e penso: "caramba, é uma sujeirada sem tamanho!"

Sabemos que o mundo já não anda lá essas coisas... que pessoas sem caráter existem aos montes! Mas pensar em um padre que pratique esse tipo de ato, é pra se revoltar. Não quero aqui entrar numa discussão religiosa. Cada um com suas crenças e o respeito é sempre primordial. O que quero é alertar sobre como pessoas que, em tese, deveriam agir em nome do bem comum e maior, usam de um título (ou qualquer outra forma que queiram chamar) para se aproveitar sexualmente de crianças "às escondidas". Quer dizer, você tem aquela pessoa como líder religioso, símbolo de confiança, fé e bondade. Entrega seus filhos à Igreja, julgando estar colocando-os no melhor caminho, se orgulha por escolherem "servir a Deus" como coroinhas e o que obtém de retorno? Um padre que alicia seus filhos! Um padre não, pois isso não pode ser chamado de representante de coisa alguma. No máximo, representante de total canalhice e falta de caráter!

Ouvir relatos como: "ele me pediu um beijo na boca", "ele me chamou após a missa e passou a mão em mim" e muitos outros absurdos de crianças abusadas por esses calhordas, revolta até mesmo o mais religioso. Os únicos que se mantêm inertes são os "tops da Igreja Católica". O Papa e outros Bispos responsáveis vão levando as denúncias como se nada de mais estivesse ocorrendo. Transferem um padre denunciado aqui, outro acolá, e assim permanecem com seus "cargos" intactos, enganando milhares de pessoas.

E ainda ouvimos de advogados: "não é uma questão de pedofilia, mas sim de homossexualismo". Ah, faça-me o favor! O certo é que dentro de uma instituição religiosa católica não houvesse nem um, nem outro. Quando os padres optam por esse caminho, já sabem dos votos de castidade e ponto. Submetem-se a isso em prol da vida que escolheram. E o que temos que engolir é que o homossexualismo dentro da Igreja, vindo de um padre, ameniza a pedofilia praticada por ele? Sem comentários! A questão é que a Igreja Católica prega o celibato sacerdotal e todos os padres católicos já sabem disso e se dispõe a viver assim, sem atração por homens ou mulheres, quiçá por crianças!!!

E as famílias que passaram pelos abusos, como ficam? Como se forma a cabeça de uma criança que foi abusada sexualmente em qualquer circunstância? Mais pra frente, ela se lembrará que não pode confiar nem em um padre... como confiará em outra pessoa? Como irá lidar com questões amorosas? Como vai curar o trauma que viveu?

É simplesmente absurdo! Fico me perguntando, qual é a pena que merece esse tipo de gente? O que merece um "pedófilo na condição de padre"? É melhor não pensar, pois quando imagino um desses na minha frente, penso em voltarmos a aplicar o antigo Código de Hamurabi e sua famosa Lei de Talião... "pra bom entendedor, meia palavra basta"!

Ariane Aleixo
Além do que se vê...

Nossas postagens via FEED no seu email!



quarta-feira, 14 de abril de 2010

Obviedades obscenas...

De onde será que surgiu essa idéia? Acho que a primeira pessoa na história que se deparou com isso deve sim, ter tomado um susto, caso estivesse atenta. Há de se concordar que, se hoje a idéia de andar por ai como um outdoor ambulante esta para lá de banalizada, outrora não foi assim, e isso só foi assegurado por algum criativo/desesperado/corajoso de um passado remoto, que aceitou pagar esse “mico”, tendo em vista sua causa.

Seja esse fulano longínquo, um vendedor matuto, um ativista político extremista ou até mesmo um simples vendedor dedicado as ânsias do patrãozinho, a verdade é que, ao inaugurar o antes virgem espaço nobre, localizado logo abaixo do pescoço como uma vitrine, nosso virtuoso desbravador jamais poderia imaginar os rumos que sua invenção tomaria...

Falo isso porque, outrora, o espaço até tinha como objetivo mor, transmitir uma mensagem positiva, tal como... “doe sangue”, “vá ao teatro”, e assim por diante, mas hoje, não passam de frases que não tem sentido algum, beirando o engraçado!

Se pararmos mesmo para refletir, acho que a graça não está tanto na estampa, mas sim no contexto no qual ela esta inserida. Em um domingo, em plena Av. Paulista, me deparo com um senhor já de idade, acompanhado de seu andador e seus óculos, trajando os seguintes dizeres devidamente traduzidos: “Essa máquina mata fascistas” (?) com um esboço de guitarra para complementar a coisa.
Fato: Ou ele passou em algum saldão que vira e mexe tem ali pela Paulista, ou foi agraciado por algum netinho espirituoso...rs

Depois disso, passei a observar melhor o que circula pelo corpo das pessoas e em inglês, cito a pérola, “I Love my big shit lifestyle(whatever)”. Bom, talvez dê para desculpar. Afinal, já amou-se tantas coisas ao longo dos anos, que talvez, o cara que estampou isso, ficou sem repertório... Agora, o triste é tentar imaginar o que leva alguém a comprar algo assim!

Óbvio que não fujo dessa classe que quer se expressar por meio de camisetas. Nunca me esqueço da primeira que ganhei desse gênero. Já traduzida, estava escrito “Faça aquilo que você mais teme”. Pra mim, até hoje, faz muito sentido, mas para a atual geração... Tenho lá minhas dúvidas.

Em suma, apesar desse meu exemplo que considerei positivo para meu desenvolvimento, a única explicação que tenho para justificar esse fenômeno de estamparias é de que a banalização, tanto da moda, quanto do discurso, transformou as camisetas em telas brancas a serviço da mediocridade. Falta mesmo é bom senso para a grande maioria. Expressar-se é uma coisa, querer ser palhaço ou fantoche manipulado é outra bem diferente...
Guttwein,T.

Além do que se vê...

Nossas postagens via FEED no seu email!