domingo, 27 de setembro de 2009

Meu relógio precisa de mais areia... e o seu?


Já estava com saudades de deixar meus registros por aqui! A vida anda corrida e não sobra nada de tempo. E é sobre isso que quero falar, a doença que consome a maioria das pessoas: o “stress”. Estamos todos doentes!


Vejo por mim. Há um semestre estava somente trabalhando, me dei de presente um semestre inteiro sem estudar, depois de longos 5 anos de faculdade. E mesmo assim, metade do meu dia era consumido pelo trabalho. Mas, claro, não dá pra viver assim pra todo o sempre... voltei a estudar e pronto! Todo o tempo de lazer se foi... incluindo o tempo que eu dedicava ao meu blog. E isso tem me deixado extremamente “estressada”.


Pensem só: hoje, a nossa vida é só acordar muito cedo, pegar um trânsito infernal para chegar onde precisamos, ficar o dia inteiro na rua, voltar para casa muito tarde e cairmos na cama de cansaço. Isso quando não passamos parte da madrugada estudando ou trabalhando. Dorme-se pouco, corre-se muito! E deixamos o divertimento por último!


Temos que dar tudo de nós para conseguirmos conquistar o mínimo de conforto. E olha que no fim do mês, quando fazemos um balanço financeiro, acaba faltando dinheiro. É de chorar...


Amigos e amigas, vale a pena? Vale a pena todo esse desgaste diário, essa vida corrida que ocupa nosso tempo inteiro sem espaço para a felicidade? Até quando teremos que consumir nossas horas com estudo e trabalho somente?


Hoje, eu me preocupo em usar meus poucos minutinhos de tranqüilidade com o que realmente importa na vida: o amor. Ocupar meu sossego com minha família, meu marido, meus amigos. Desfrutar ao máximo deles, o máximo do mínimo... pois é o que nos é permitido.


E pensar que, às vezes, desperdiçamos esse precioso tempinho reclamando da falta de tempo!!! Não dá pra permitir que isso aconteça!


Então meus companheiros blogueiros, hoje estou trabalhando, mas me permiti utilizar meia hora para escrever minhas indignações! E dividir com vocês minha falta de tempo... e quem sabe me sentir mais tranquila por saber que outras pessoas estão na mesma situação...

Ariane Aleixo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Degavar se vai ao longe (?)


Sim, ainda há gente que duvida que o homem pisou na lua. Não obstante, há também os defensores dos irmãos Wright, como inventores da aviação, e não o brazuca Santos Dumont. Fazer o que...

Controvérsias à parte, e mesmo entre os que têm prazer efêmero pelo bate-boca, acredito ser unânime que o princípio que rege a natural evolução de tudo costuma modificar ou extinguir hábitos antigos, inclua-se aí aqueles que estão absolutamente marcados em nosso cotidiano. Exemplos? Jornais impressos, locadoras de vídeo, cartas escritas a mão e enviadas pelo correio, dinheiro (em notas), documentos para identificação, combustíveis fósseis e aulas/cursos presenciais são apenas alguns que posso citar, do que, cedo ou tarde, deixarão de existir.


Mas e quanto às filas? Eu sei, ainda seria precipitado comemorar, mas reparem como pouco a pouco elas tendem a desaparecer. No setor bancário, por exemplo, é vasta a oferta de serviços e operações que reduzem ao mínimo a necessidade de se ir a uma agência, nos aeroportos, os passageiros já fazem o próprio check-in através de terminais de auto-atendimento.


Nos cinemas, teatros e casas de show, o corriqueiro agora é obter ingressos antecipadamente, livrando-se assim da espera inútil e da disputa por melhores assentos. Até no serviço público (precário ainda é bem verdade), quem diria, a informatização do atendimento e a distribuição de senhas eletrônicas têm garantido maior conforto e agilidade aos usuários.


Mas não seria o fim das filas um começo (um pouco a pouco) da extinção de qualquer forma de contato entre as pessoas? Certo, certo, esperar de pé, não importa pelo que, é mesmo um porre sem fim, mas às vezes promove momentos estranhamente divertidos...


A fila é o lugar mais propício para observar os curiosos detalhes do comportamento alheio. Nessa situação de espera, surgem três personagens básicos e “marcantes”. O dos que puxam conversas sobre temas em voga para “ajudar” a passar o tempo. O dos que permanecem em silêncio, com a cara amarrada e desejando a morte de cada um que está em sua frente ou o dos que elegem parceiros para falar (lê-se amaldiçoar) a tudo e a todos (governo, demora, sogra, futebol, etc.).


Não tem jeito, sem isso a condição humana acaba por se reduzir... Durante a permanência na fila, estamos submetidos (querendo ou não) a tolerar o próximo. O cara que gosta de conversar pode estar atrás do que deseja a morte de todos, assim como o indivíduo que reclama pode não ter outro alternativa senão se interar sobre o capítulo da novela. Pô, às vezes é saudável lembrar que o mundo é cheio de gente que pensa e age diferente de nós.


Você já comprou bilhete antecipado para uma sessão de cinema? Se já, ao chegar lá e notar que não tinha fila, deve ter sentido aquela sensação “superior” de – “Sou mesmo moderno (a) e tempo eu não tenho a perder” não é? Pois é, mas achou que ia escapar? A bilheteria as moscas, mas há fila pra comprar pipoca e/ou aquela Coca Cola enorme e gelada! Eis a natureza dando um jeito de manter tudo como deveria ser...
Guttwein, T.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

CAOS total...


A cena é a seguinte, e se hoje, por volta das 6 da tarde, não começasse a escurecer? Acho que você poderia se imaginar vivendo no horário de verão, porém, estamos em Setembro... Daí, não escurece às 19:00, nem às 21:00, muito menos às 23:00. A noite inteira o sol reinando soberano, aquele brilho “infernal”. E não, não estamos na Suécia...

Será que as pessoas sentiriam sono, uma vez que o dia nunca finda? Os adoradores de uma boa praia ficariam satisfeitíssimos... por lá ficariam até madrugada alta!
O fato de fechar as cortinas das casas, não amenizaria aquela sensação de que algo está errado - “Algo estranho está acontecendo”.
Aos bitolados por uma televisão, o que fazer quando a programação da mesma desse por encerrada? E ir a um restaurante para jantar com a família com o dia claro? E voltar para casa às 2h, às 3h da manhã de óculos escuros?

Talvez, na primeira semana desse fenômeno, as pessoas achassem “graça”, mas já na segunda semana consecutiva de sol 24hs, a “graça” da coisa começaria a diminuir (e drasticamente até).

Uma paranóia dominaria todos os habitantes do planeta... daria até saudade do tempo tão feliz da epidemia da gripe suína, que pelo menos acontecia dentro de uma certa ordem, no tempo em que tínhamos dia e noite...

O relógio praticamente perderia sua função, todos convenceriam-se da sua inutilidade diante desse caos ensolarado. Acabariam jogando-o fora, e talvez, nós passaríamos a ser totalmente livres, pois nada aprisiona mais do que o tempo, os horários, as agendas, os relógios. Todos livres.
Quem nunca sonhou com isso?

Mães que tivessem filhos recentes sofreriam para acostumá-los a dormir a noite – que noite? O sol reina 24hs... Bolsas de valores seriam ainda mais conturbadas, devido a diferença de horários... aeroportos então, nem se fala, ninguém mais teria noção dos horários dos aviões, e o mundo se transformaria num enorme caos, onde ninguém se entenderia, mas com essa situação surreal, se entender pra que?

O contrário de tudo isso? Acordar às 8h da manhã e ainda ser noite, noite essa que perduraria 24hs, a semana, o mês, o ano!
Dilema: Viver na escuridão eterna ou na claridade total 24h, o que seria melhor?
Ou pior?

Surreal demais? Tudo pode acontecer nesse planetinha infestado... E isso sem fazer apologia a religião alguma (“Juízo Final ” e essas coisas...)

A incidência de Tsunamis, furacões e terremotos cada vez mais violentos, geleiras derretendo (!!!). E aquele fenômeno que ocorreu na Europa, de um calor insuportável onde várias pessoas morreram, lembram? (uns 5 anos atrás eu acho)

Portanto, imaginar um cenário onde extremos reinam, dia ou noite intermináveis não é tão ilusório (de absurdo) assim... os indicativos estão ae, para quem quiser ver... E iremos todos, alegremente, enlouquecer quando isso acontecer!
Guttwein, T.

sábado, 12 de setembro de 2009

União (Ins)Estável ...


Observando muitos casais amigos meus, e claro, inclusive meu relacionamento, cheguei a conclusão do porque é interessante casar: - Oras, a quem mais, se não o nosso par, vamos atribuir culpa de boa parte de nossas covardias e impotências? Assuma, fica menos feio...


O homem jogará a culpa na mulher, filhos e no casamento, por ter desistido de ser aquele aventureiro cinematográfico. Fato. Porém, a acusação velada torna-se menos decepcionante para si mesmo quando diz:


- “Eu posso não ter coragem, mas só porque você é meu maior impedimento para alcançar tal coisa”


Bom, nós homens somos quase sempre assombrados por incríveis devaneios de grandeza – sabem, talvez culpa de nossas mães, que nos dizem que um destino inalcançável e extraordinário praticamente já esta traçado para nós... Assim sendo, torna-se cômodo, de tão óbvio, alegar que a mulher com quem casamos ou vamos casar, foi nosso impedimento para tantas (e imaginárias) realizações.


MAS, não são só nós, homens, recriminamos disfarçadamente nossos fracassos...


As mulheres também sonham, não poderia ser diferente... Há, a dona de casa que “acusa” o marido, o casamento e os filhos por elas terem renunciado a tudo em nome deles (uma vida profissional melhor, por exemplo), essa, que teria dado a ela uma fonte maior de alegrias. E claro, há, sobre tudo, o eterno sonho romântico de amor avassalador, incomparável, irresistível, do qual, justamente, elas desistem por causa do marido, casamento e dos filhos.


Felizmente, esse eterno fogo cruzado não é a causa maior para gerar divórcios... pelo contrário, é o que acaba fazendo a força do casamento (por incrível que pareça), porque, por detrás das “acusações veladas” do tipo:

- “É por sua causa que deixei de realizar meus planos

Deve-se ler:

-“Ainda bem que você está aqui do meu lado , fornecendo-me assim uma desculpa – sem você, eu teria de encarar a verdade, e a verdade é que eu mesmo não paro de trair meus próprios sonhos ”.


No geral, casamos com a pessoa “certa”: aquela que podemos (inconscientemente ou não) culpar por nossos fracassos. E essa, repito, não é uma razão para separar-se. Ao contrário, é uma ótima razão para ficar juntos!

Quando a coisa aperta, não é porque sonhos e devaneios teriam sido frustrados “por causa do outro”, mas pelas “cobranças”, que, elas sim, acabam se revelando insuportáveis.

Essa cobrança, aparentemente chata, poderia salvar-me da medonha constatação do fracasso de meus sonhos e das ninharias com as quais me consolo. Talvez, aliás, ela me ajudasse a encontrar prazer e satisfação na vida concreta, nos afetos cotidianos. Mas não é o que acontece: o que ouço é mais uma voz que confirma minha insuficiência.


À cobrança dos sonhos dos quais desisti, mais a cobrança de quem é (ou foi) “causa” da minha desistência e razão do meu sacrifício finalizam em: Não presto, nunca, para mulher alguma – nem para minha mãe que queria que eu fosse herói nem para minha namorada/esposa para quem renunciei de ser herói. E ai, a corda arrebenta...

E prova-se difícil, aceitar que nosso par nos acuse de seus fracassos e, nada mais. É o justo. Mas é difícil...

Guttwein, T.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Belicamente objetivo...


Por Odin! 7 de Setembro... dia de La Patrie ou dia da Pátria? Fiquei com algumas dúvidas pertinentes quanto a isso. Para quem anda lendo jornais ou mesmo assistindo os televisivos, acho que ficou mais do que implícito nesse 7 de Setembro, para onde é que vai o dinheiro do tão falado e estimado pré-sal...


A argumentação de que os franceses e seus 36 caças, a troca de tecnologias para fabricação bélica quanto aos submarinos nucleares, enfim, uma opção que nenhum dos outros concorrentes (E.U.A, Rússia, Alemanha) ofereceram, ao mesmo para mim, não explica muita coisa.


De onde vem tanta arrogância? Será coisa de país emergente? Esse sonho interminável de ter uma indústria bélica, usando agora como escudo, a descoberta de uma suposta infinidade de petróleo... A Amazônia que se dane não é verdade? Pra que oxigênio (dentre as inúmeras outras coisas que só tem lá) quando temos petróleo?


Infra-estrutura precária pelo país inteiro, carências sociais intermináveis, pra que citar? Pra que lembrar? Agora, “fechamos” um contratinho com os franceses, algo em torno de R$ 37 bilhões de reais... mais ou menos 3 anos de Bolsa Esmola (lê-se Bolsa Família).


Mas pensando bem, está ótimo. Quem governa agora passa o cetro no ano que vem. Que se virem para pagar esse rombo financeiro! ¬¬

Guttwein, T

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Profissão Mulher


Sem dúvida, trata-te de um desafio às mulheres. Ainda mais por se tratar de uma profissão onde os homens dominam desde os primórdios... Refiro-me à mecânica de automóveis!


Falo sobre, porque fui a uma oficina mecânica com um amigo, na zona leste de São Paulo, e lá chegando, reparamos que o responsável pelos ajustes, era uma mulher. Aliás, ela era a dona da oficina! Renomada por sinal (o nome do estabelecimento não vem ao caso...)


Acho que ainda não foi pesquisado a fundo, estatísticas que apontem quantas são as guerreiras que se aventuram por esse ramo profissional, mas o que reparo pelas minhas andanças, é que elas estão cada vez mais presentes nesse meio. Atuantes, com a mão na graxa, e não como contratantes do serviço! Aliás, existe até curso específico para elas nesse ramo...


Ainda na oficina mecânica, conversando com a responsável, ela nos contou certas situações, quase todas, envolvendo uma espécie de preconceito da parte dos homens. Um descrédito e uma falta de confiança sem igual.


Ela nos contou, por exemplo... Um homem entrou pedindo informações e quando eu respondi, ele me ignorou e foi até o mecânico que estava trabalhando, então eu entrei no meio da conversa. Ele ficou bravo e foi embora, mas no dia seguinte voltou com o carro para a oficina”.


Olha, vou ser sincero, até eu fiquei um pouco receoso quando notei que seria uma mulher que mexeria no carro. Mas assim que ela nos atendeu, se restava algum receio, ele caiu por terra! Um tratamento sem igual!

Tinha embasamento/conhecimento a tudo que se referia! Pô, mulher sabe conversar, tem paciência, é mais atenciosa... é outro atendimento!


Vejo como uma profissão qualquer. Estudaram para isso e garanto que tem capacidade para ser melhor que muito mecânico “machão” por ae...

E você, que acha que lugar de mulher é dentro de casa, “pilotando fogão” apenas, acho bom rever alguns conceitos. A mulherada está cada vez mais inserida no mercado de trabalho, em inúmeros ramos de atuação, e esse é só um pequeno exemplo.

Você homem “machão”, que não trate de estudar cada vez mais não para ver o futuro que te espera! Ela é mecânica formada, dona do seu estabelecimento, e está estudando engenharia automotiva! Rsrs...


Bem verdade que, o visual agride um pouco os olhos... ela não usava esmalte nas unhas, e uma maquiagem quase que imperceptível, mas as fotos na parede, ao lado do marido, não escondiam a beleza estonteante que ela apresenta em sua vida particular, longe do seu macacão e da mão com graxa...


A vocês mulheres, meu humilde parabéns! Cada vez mais independentes e quebrando paradigmas de uma sociedade machista e que adora rotular!

Guttwein, T.