quinta-feira, 30 de julho de 2009

Limite para a esmola...


Segundo dados da própria ONU, estima-se que aproximadamente 1 bilhão de pessoas passam fome pelo mundo.

E nem com esse dado pra lá de alarmante, nosso digníssimo presidente impõe-se seriamente e ataca pra valer o problema do ausente controle da natalidade brasileiro.

A equação nacional funciona mais ou menos assim: Quanto mais pobre é a região do país, mais ignorante é sua população, aliado a falta de orientação, tal população vai continuar fazendo a única coisa que sabe fazer com perfeição: procriar!

Por mais pobre que a pessoa seja, acredito que ela tenha consciência, e assim sendo, que mãe gosta de ver seus 6 ou 8 filhos passando fome numa casa com chão de terra batida, sem nenhuma perspectiva de melhora de vida?

O governo, com a melhor das intenções (trajando a galante pele de cordeiro), insiste em distribuir mensalmente a "Esmola Família", mas orientação sobre controle de natalidade que é crucial, NADA! E tais famílias continuam firme e fortes, tendo um filho por ano... Todos sabemos, ou deveríamos saber que, não é possível e muito menos viável continuar nascendo tanta gente.

Para receber o "Bolsa Família", basta que as famílias beneficiadas mandem seus filhos à escola. Mas isso realmente acontece? Eu acho que não! Motivos?

1- Existem poucas escolas no interiorzão

2- As distâncias são longas – as vezes é preciso andar mais de 1 hora pra chegar a um barracão medíocre e tentar aprender a ler...

Quem deveria fiscalizar, não o faz, pois cortar "benefícios" implica em perda de votos para a próxima eleição, e por isso que a indústria do analfabetismo continua em alta no Brasil. Interessa ter um povo que leia e acima de tudo, compreenda o que acontece em Brasília? CLARO QUE NÃO! Um povo pobre, recebendo sua esmola abençoada, leva a uma conseqüência direta: a popularidade de Lula cresce, e é só isso que interessa – a eles.

Vejam vocês: A China escapou por pouco de uma catastrófica explosão demográfica quando impediu famílias de ter mais de um filho, sob pena de multa dentre outras coisas. Isso implica em outras coisas, mas atentem que, se algo por aqui não for feito, algo semelhante, não haverá bolsa família que de conta de tanta gente!

Passou da hora de ser criada uma lei limitando a 2 o número máximo de filhos, e quem ultrapassasse esse número, não teria mais direito a Bolsa Família por exemplo; essa limitação, obviamente, seria imposta para todas as classes sociais, mas é notório que pessoas mais instruídas, por natureza, já sabem como as coisas são difíceis e cada vez mais tem menos filhos... sempre foi assim...

O Ministério da Saúde não dá camisinha de graça no Carnaval? Oras, faça isso nas favelas e nas regiões mais pobres do Brasil também e com certa regularidade! E claro, não se esquecendo de explicar à Igreja Católica o motivo, uma vez que ela parou no tempo e prefere ver pessoas mortas por AIDS a liberar a bendita camisinha...

E novamente sobre a China: Duvido que ela fosse a potência que é hoje se tivesse uma população 3 ou 4 vezes maior!! ¬¬

Guttwein, T.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Qual é o preço de uma vida?

Foto da autora do blog: todos os direitos reservados.

Domingo passado me aconteceu algo que não esperava. Já tinha visto acontecer com amigos, mas não imaginei que ia doer tanto quando acontecesse comigo. Aconteceu que meu cachorrinho de estimação faleceu. Ele estava com minha família há 11 anos, e no domingo passado ele se foi. Na verdade, minha família já estava se preparando para perdê-lo, já que ele era um cachorro idoso e cardíaco. Porém, a causa da morte dele foi outra. Ele morreu após uma super dosagem de um medicamento receitado por uma veterinária, com aparente quadro de intoxicação.

Fora toda a dor que eu e minha família sentimos pela morte dele, o fato de se perder um companheiro de 11 anos, escrevo esse texto para discutir a negligência de alguns profissionais. E quando digo isso, me refiro não só aos veterinários, mas também aos médicos e todos os profissionais da saúde.

Penso que hoje em dia, foram deixados de lado alguns princípios básicos dessa profissão, sendo o principal deles exercer a profissão com amor. O que vejo em certos médicos e veterinários é uma frieza enorme em relação aos atendimentos prestados. Entendo que eles lidam com situações em que precisam ter sangue frio, tranquilidade e até uma pequena parcela de frieza. Porém, o que vejo é que na maioria das vezes, eles se esquecem que estão lidando com VIDAS! A coisa está muito "comercial"...

Qual é o preço de uma vida? Seja de um animal, seja de uma pessoa! Quanto vale a vida de alguém que é importante pra você? Sendo mais específica e falando mais do meu caso em particular, o que pode compensar a morte de um cachorro que conviveu com a família esse tempo todo? Quem gosta de animais, quem já teve um companheiro de estimação por anos, sabe do que estou falando. O mais indicado, é processar o profissional que cometeu o erro. Porém, no Brasil, a impunidade nesses casos é mais comum do que o piscar dos nossos olhos! Os processos judiciais demoram muito para serem solucionados, e só de pensar no desgaste em passar por eles, já dá vontade de desistir! Pensem em todos esses casos de cirurgias que mataram pacientes, erros que não mataram, mas deixaram graves sequelas... o que tudo isso acarreta para a vida das vítimas e seus familiares?

Só sei que perdas são sempre tristes. Mas quando a perda não ocorre naturalmente e sim de modo forçado, tudo se torna muito mais pesaroso. Prefiro não depositar a culpa de tudo nessa veterinária, e sim pensar que aconteceu por que tinha que ser assim... mas que a revolta ainda é grande, isso é! E a saudade também...

Espero que os profissionais exerçam seu trabalho com mais responsabilidade. E que os maus profissionais sejam responsabilizados por seus erros, aquém da culpa que carregarão em seus ombros por toda a dor causada às vítimas...

P.S.: Obrigada amigo, pelos tantos olhares de compreensão, pelos muitos momentos de alegria, por ter feito parte da minha vida e por ter me ensinado o valor da verdadeira amizade...

Ariane Aleixo

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Privacidade? Na internet?


Você usa internet; seus dados estão online; então, teoricamente, eles parecem privados, seguros...

Interessante: seu email privativo, só você tem acesso. Correto? Bom, você e o seu provedor. Ah, e o provedor dos seus remetentes. Puts, e qualquer provedor das principais conexões de internet que por acaso acompanhe o percurso desse email do remetente até você.

Curto e grosso: Você trabalha numa empresa e lá você tem acesso ao seu email privativo? Por Odin (!), a sua empresa tem acesso a ele(!) Mas fique "tranqüilo", não só a sua empresa, mas se for da vontade deles, até a NSA – Agência Nacional de Segurança pode ter acesso, como qualquer outro órgão de inteligência do governo norte-americano também! Como? Instalando simplórios mecanismos de rastreamento em pontos estratégicos... ¬¬

Suponho que você use o Google Docs ou um simples webmail. Mas os seus dados online não estão sob seu controle. Você confia no mecanismo de segurança do Google, mas... eu não sei o que ele é e como funciona... você sabe?!

Engraçado, há 30, 20 anos atrás, se alguém quisesse bisbilhotar suas cartas, teria de invadir sua casa. Assaltar o carteiro, não sei... Hoje, invade-se um servidor localizado sabe-se lá onde e descobre-se o que quiser sobre quem quiser. Muito mais prático!

É dado (de informação) seu circulando na net que não termina mais. Já se perguntou como aquela empresa de telemarketing descobriu seu telefone pra te oferecer algo inútil em pleno "horário nobre"? rs... Listas de livros que você compra, livros que você simplesmente deu uma olhada, estão lá, armazenados nos computadores das livrarias online.

Outrora, conversava-se pessoalmente e só. Era isso ou via telefone. Hoje em dia sequer o telefone é utilizado com tanta freqüência... bate-papo eletrônico, troca de mensagens de texto por celular, ou uma conversa no Facebook, Orkut, Twitter... enfim!

E para aqueles que ainda crêem no anonimato da internet para fazer besteira, como caluniar, difamar ou roubar dados... bem, se a polícia quiser ler um email no seu computador pessoal, ela precisa de um mandato. MAS, isso não será preciso se o email for lido a partir dos arquivos de backup localizados em seu provedor! Rsrs... ora, ora, como você acha que tanta pseudo-quadrilha vem caindo por terra na mão da Polícia Federal?

Chego à conclusão que estamos de mãos atadas quando se trata da segurança de nossos dados surfando pela rede. Que escolha temos além de termos de confiar nessas empresas prestadoras de serviço?

Guttwein, T.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Culpado X Inocente, quem é o que?

Não é novidade pra ninguém o caso policial ocorrido no Paraná, mais precisamente no Morro do Boi, do casal Monik Pegorari de Lima e Osíris Del Corso. O crime aconteceu em 31 de janeiro último, no qual Osíris levou um tiro e morreu tentando defender a namorada. Ela, por sua vez, foi baleada e estuprada.

Em 17 de fevereiro, Juarez Ferreira Pinto foi preso após ser reconhecido por Monik. No dia 30 de junho, o caso policial volta a ser notícia em clima de "reviravolta". Paulo Delci Unfried foi preso após invadir uma casa e violentar uma mulher, assumindo também a autoria do crime do Morro do Boi. Com ele foram encontradas duas armas, um revólver calibre 38 e uma garrucha calibre 22. A polícia realizou um exame de balística e comprovou que o tiro que matou o estudante partiu da arma apreendida com ele.

A defesa de Juarez imediatamente pede sua libertação. A jovem mantém seu reconhecimento, dizendo que jamais se enganaria a respeito de um homem que a violentou sexualmente e matou seu namorado. O delegado Luiz Alberto Cartaxo de Moura, responsável pelas investigações, afirma que o reconhecimento seguiu todos os padrões exigidos pelo código de processo penal.

Diante dos fatos expostos, muito se especula sobre a real autoria desse crime. Estou aqui, não com o papel de advogada de um ou de outro, mas sim como uma profissional do Judiciário brasileiro, para alertar de como o sistema penal no Brasil deixa a desejar em muitos aspectos. O despreparo de todos os setores envolvidos é grande, abrindo deixas para que a imprensa "saboreie" o fato de haverem dois culpados para um mesmo crime. Os veículos de comunicação deitam e rolam com a possibilidade de trazerem à tona novamente mais e mais polêmica.

E vejam que ironia é o sistema penal: em alguns casos, não há nenhum suspeito. Em outros, temos dois suspeitos, sem saber qual é o verdadeiro. O que vale mais? Um suspeito reconhecido pela vítima ou uma prova material? Um homem reconhecido de perto por uma vítima traumatizada ou um homem que assume o crime 5 meses depois do ocorrido, aparentemente sem nenhuma vantagem?

Enfim, fico me perguntando... se esses fatos realmente permanecerem até o fim do processo, sem que surjam novas provas, como fica a responsabilidade de todos envolvidos nessa investigação? Investigadores, peritos, advogados, criminosos e vítimas. Até que ponto cada um deles é responsável pelo futuro dos supostos criminosos, pela paz da vítima sobrevivente? Imaginem a situação de um juiz que tem que julgar a liberdade de Juarez, com base em tanta confusão! Ele está entre soltar um criminoso cruel e aprisionar um inocente.

Por que Paulo Unfried se entregaria agora por um crime que já possui assassino confirmado? Uma simples crise de consciência ou uma grande vantagem oferecida em troca? O fato de o irmão de Juarez ser policial civil interfere nesse caso (já que ele é acusado de "plantar" a arma do crime)? Monik reconheceria perante todo o Brasil que estava errada sobre seu agressor se assim o fosse?

Por ora, muitas perguntas sem nenhuma resposta! O que quero explanar é que, de fato, o sistema penal no Brasil abre muito espaço para falhas. Cada vez mais, temos uma polícia mal treinada; advogados lançados no mercado sem ao menos saber escrever corretamente, sem saber interpretar a lei; cargos de promotoria e magistratura sendo exercidos por irresponsáveis que só pensam em status e dinheiro, chegando lá pelo famoso "Q.I."; uma lei ultrapassada, precisando urgente de uma reforma justa e eficiente... tantos erros... que quando paro pra pensar, entendo porque me formei em Direito e resolvi não exercer esse personagem no meu dia a dia!

Sinceramente, eu não tenho uma opinião formada sobre o "caso Monik e Osíris", não saberia dizer quem é o criminoso. Não saberia ser juiz de um caso como este... mas espero que tudo se resolva da melhor forma, sem que ninguém saia mais prejudicado do que realmente merece! Culpado ou inocente... que se faça a tão clamada JUSTIÇA!!!

Ariane Aleixo

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terça-feira, 7 de julho de 2009

Denuncie, faça sua parte!

Agressão... silêncio... coação... ameaça... morte!

A temática do texto são as mulheres, aliás, a violência sofrida por elas; e de princípio, lhes digo que a violência doméstica, ocasionada pelo parceiro, ou até mesmo um ex, seja ela, – física, psicológica, sexual e patrimonial – é mais comum do que se imagina. Pesquisas sugerem que cerca de 25% da população feminina mundial(!) foi, é ou será vítima ao menos uma vez na vida.

Infelizmente, a vida dos anônimos continuará sendo anônima... Os casos que chegam e ganham ênfase na mídia, são os ocorridos com "famosos" – Dado Dolabella agrediu a ex-namorada Luana Piovani; o rapper Chris Brown bateu na namorada, a cantora Rihanna; o jornalista Antônio Pimenta Neves matou a ex-namorada Sandra Gomide; Lindemberg Alves matou a namorada de 15 anos Eloá Pimentel... e por ai segue. Escândalos assim correm o mundo, mas a imensa maioria das ocorrências desse tipo permanece oculta. Estima-se que apenas 1/3 das vítimas procure ajuda. As razões são diversas: medo, vergonha, dependência financeira ou emocional, descrença na Justiça.

Valéria Pandjiarjian, do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher diz – "Admitir que o homem que você ama ou acredita amar é aquele que te faz mal é muito difícil. Dar um basta e assumir que você não vai conseguir transformar a relação em que apostou é uma grande derrota pessoal e emocional".

Notei lendo diversas matérias que, mesmo quando a mulher vai a delegacia, denunciar o "parceiro", por uma, duas, quatro vezes(!), demora-se, talvez por descaso ou despreparo, de enquadrar o agressor diretamente na Lei Maria da Penha, que dentre penas alternativas, ou cárcere, proíbe o denunciado de se aproximar da acusadora. Talvez, falte a polícia a capacidade de avaliar o real risco a que a mulher está exposta.

Vejam vocês, nos tempos de meus antepassados Portugueses, Brasil/Colônia, a lei Portuguesa vigente permitia que o homem matasse a mulher adúltera e o amante. Em 1890, o Código Penal não considerava crime o homicídio praticado sob um estado de "total perturbação dos sentidos e da inteligência"

Enquanto é na rua que a população masculina corre mais risco de agressão e assassinato, a feminina está mais vulnerável dentro de casa. As mulheres na faixa dos 15 aos 44 anos são as principais vítimas da violência doméstica. E quanto mais jovem, maior a dificuldade da mulher para lidar com esse problema, rincipalmente quando a diferença de idade entre o casal é grande.

Os chamados crimes passionais repercutem no Brasil (e no mundo) há séculos. Sob a alegação de legítima defesa da honra ou de amor excessivo e ciúmes incontrolável, os homens seguem matando.

Cabe a cada um fazer sua parte, as mulheres, conhecerem melhor as leis que as beneficiam, que foram criadas para sua defesa... e nesse caso, aliás, o único caso, é que sou a favor de meter a colher no meio! Diz o ditado que, "em briga de marido e mulher, não se mete a colher" – Mas... mete-se a colher, ou leva-se um caixão? O que é preferível?

Guttwein, T.