
Guttwein, T.
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Algumas crônicas e textos
de nossa autoria sobre o
nosso cotidiano... muito mais do
que simples textos ; até porque,
"a estrada (do conhecimento) vai além do que se vê"...
Guttwein, T.
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Origem da Imagem (foto): http://www.scielosp.org/scielo
Andar pelas ruas de Madri, nos arredores do San Bernabeu, definitivamente não é para qualquer um. Que dirá se tiver jogo do Real. Imigrantes definitivamente não são bem vindos por aqui Mas como sou espanhol, não tenho muito que temer. A não ser que eu não fosse torcedor do Real e desfilasse por aqui com qualquer outra camisa... seria pedir para arrumar confusão.
O que me chamou a atenção nessa tarde, não foi a aglomeração de skinheads da Ultrasur ( torcida organizada de ultradireita do Real Madri), muito menos o grande número de policias que foram destacados para fazer a segurança desse jogo... e sim um pequeno cartaz que vi fixado em um poste.
Havia uma foto do Rio de Janeiro, do Cristo para ser mais exato, e logo abaixo umas mulatas semi nuas, e o convite:Em época de carnaval, visite o país da sacanagem. Libertinagem com mulheres, garotas, meninos e meninas...Pacote completo, satisfação garantida! Consulte-nos!
No bar, logo após o jogo, questiono alguns camaradas, a respeito do cartaz que estava fixado próximo a nosso bar. Ninguém tinha nada de concreto para me dizer, apenas falaram que era “alguém forte” da região, que estava a bancar esse tipo de turismo inusitado, com respaldo de gente grande do governo... Meras conspirações imaginei. Quero informação, não suposições.
Liguei no dia para a tal agencia e marquei com um corretor, para obter maiores informações. Sempre quis conhecer o Brasil... E para minha surpresa, por meros 4.000 euros, viajaria para o Brasil e teria garantida a “companhia” de meninas ou meninos da idade que eu escolhesse! Eles só não me garantiam os “muy chicos”, porque esses eram um pouco mais complicados de conseguir, mas de 10 anos para cima, era facílimo!
O corretor disse também que, se eu quisesse uma prévia dos acompanhantes que eu teria no Brasil, caso eu desse uma entrada, poderia conferir aqui mesmo em Madri. Autênticas “chicas brasileñas” a sua total disposição... e falava rindo, com a maior naturalidade... Mostrou-me um catálogo e pediu que eu escolhesse. Meu estômago embrulhou...
Eram crianças, 8, 10 anos, com pouca roupa, sentadas no colo de gente com o rosto desfigurado, para não serem identificados obviamente.Com o rosto mais lavado do cosmos, sorri-lhe e escolhi uma “mulatinha”. O encontro seria na rua Calle de Zurbano, 85, na mesma rua do Consulado Brasileiro em Madri. Que conveniente...
La chegando, todo o esquema estava previamente armado, assim que entrei no quarto, e fui apresentado a “la chica”, saco minha arma e me identifico como policial. Havia mais gente no quarto além do agente e da criança. Meus companheiros invadem o ambiente...
A criança saiu ilesa. Levei um tiro mas passo bem... e a rede nefasta de prostituição teve uma de suas conexões desmantelada...
Guttwein,T.
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(...)
Dizem que, por volta de 1848, os barqueiros que cortavam o Rio Sena de madrugada, a trabalho, se guiavam sempre por uma luz advinda de uma pequena vela, que durante anos a fio, saía da janela de uma casinha a margem do referido rio... era um anônimo que preferia sempre o silêncio da madrugada para escrever cartas a sua amada...
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Anteriormente, a pressa não fazia parte do meu cotidiano. E por incrível que pareça, mesmo estagnado, pois é essa a impressão que passo, ando sempre com uma pressa danada. Uma ótima ilusão eu diria... Uma representação e tanto. Fato é que a chuva aqui nessa cidade não tem dado trégua, porém, nem por isso sou pego desprovido do bom e velho guarda chuva. Claro que contra esse sol imbatível que tem assolado São Paulo, prova-se muito bem vindo também. Meu fiel amigo durante toda essa jornada... Ele e minha inseparável maleta.
Quem passa por mim, costuma passar sempre correndo, e por isso, aparentemente também está apressado, mas porque, eu já não sei. Uma paisagem tão bonita como essa... pra que a pressa? Respire fundo, aproveite mais eu tento dizer... mas ninguém parece me ouvir... Também, depois da chegada do Ipod, quem dá atenção para um "alheio" ? Muitos aqui pedem para tirar uma foto ao meu lado, não sou esnobe nem nada, mas assumo que isso vez em nunca acaba me deixando com um certo ar de superstar, de famoso, entendem? Mas conversar que é bom... nada!
Acabo sabendo das coisas mesmo é na base da "orelhada". Não sou bisbilhoteiro, longe disso, mas se não for assim, acabo ficando desenformado sobre tudo que acontece por ai. Sou meio desprovido de mobilidade, mesmo aparentando o contrário, sabe...
Por exemplo, soube que meu grandessíssimo amigo Drummond de Andrade, foi assaltado por mais uma vez lá no Rio de Janeiro! O terrinha sem dono! Sequer um ícone como Drummond escapa da ação dos meliantes? Roubar óculos? O fim da picada, definitivamente...
Mas São Paulo não fica atrás no quesito marginalidade. Durante a noite, e por mais de uma vez, minha maleta TAMBÉM já foi roubada. Não é à toa que na foto, procuro não deixá-la tão em evidência...vai que tem algum larápio de olho...
Acho que é assim mesmo, vândalo parece não fazer muita distinção. A oportunidade acaba fazendo o ladrão... não é esse o ditado? Continuarei aqui, no Parque do Povo, a representar o Homem Paulista... sempre correndo, sempre atarefado, independente das condições climáticas do Estado... que cá entre nós, estão cada vez piores...
Guttwein, T.
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